Bastidores

 Olá! Aqui nesta página pretendo refletir um pouco sobre o desafiador mas aos mesmo tempo interessante processo de construção deste blog.

 Antes de mais nada é um choque chegar ao ensino superior e se dar conta da enorme carga de leituras, trabalhos e estudos que teremos pela frente, que às vezes vão se desenrolando sem se quer percebermos, principalmente quando se passou a vida estudantil inteira em escolas públicas não tão qualificadas como é o meu caso.

  Ao receber a notícia que a proposta para a disciplina de Identidade e Cultura seria a criação de um blog que buscasse e refletisse sobre minha própria identidade e história confesso que fiquei um pouco confuso e pouco motivado, pois, não tenho o costume de escrever na internet e nem sabia por onde começar a pesquisar, confesso também que demorei um pouco para dar o pontapé inicial na página, porém , ao enfim sentar para escrever e ao mesmo tempo ouvir os testemunhos durante as aulas dos meus colegas de sala comecei a perceber que afinal não era assim tão assustador colocar em palavras alguns fatos, sentimentos e opiniões, pelo contrário, as ideias vão surgindo e fica até difícil lidar com o fator tempo e sinto que, de verdade, como disse a professora Andréa o blog estará sempre em andamento.

 Ver como disse acima os avanços e dificuldades por vezes semelhantes nas páginas de outros alunos, na busca por informações, na tentativa de refletir sobre os primeiros meses de UFABC, na dificuldade de entrevistar um parente não tão aberto a fala ou mesmo no aprendizado de mexer e editar um blog me fazem em sintonia com todos encontrar meu próprio caminho de escrita e compreender aos poucos a minha singularidade, por essas e outras agradeço desde já a todos que direta ou indiretamente colaboraram com o presente trabalho.

 Acredito então ser essa via que teoricamente seriam os “bastidores” a parte mais viva e legal de se fazer neste projeto, pois abre definitivamente a percepção sobre os primeiros passos reais dados na Universidade Federal, onde provavelmente passaremos mais cinco, seis, sete anos e jamais esqueceremos deste blog e ao mesmo tempo é muito gratificante notar a satisfação da família de ajudar e partilhar suas próprias histórias. Vamos Juntos!

 

IC X Outras disciplinas

 

 Não foi fácil decidir! O que eu faço? foco no estudo de Temas e Problemas em Filosofia ou aprofundo na minha identidade e cultura e construo o blog? Leio milhares de textos ou analiso milhares de conexões históricas entre família e documentos? Decoro respostas para as provas ou preparo entrevistas e deixo as respostas me inspirarem numa busca autêntica pela minha singularidade?

 As respostas certas com certeza seriam as duas coisas, porém nem sempre é assim, nem sempre é possível…

 Creio que a maioria dos estudantes universitários ingressantes que se depararam com esses estilos distintos de construção de conceitos e formação, pelo menos em algum momento se questionaram sobre qual caminho valia mais a pena investir e em qual área ou tema se dedicar mais, gera-se daí discussões sadias sobre o que é mais valoroso na carreira acadêmica ou até mesmo profissional.

  Não cabe aqui defender ou criticar algum ponto/jeito de se ensinar ou aprender, até porque cada um sabe dos seus momentos, horários, vontades, facilidades e etc…e tamanha correria que foi com prazos para assimilação de conteúdos 

 Porém o que proponho, é que realmente olhemos para a forma que estamos construindo nossa formação. Sinto que é impossível negar a existência e a importância das leituras, avaliações, revisões e etc, ainda mais numa Universidade onde o CR valerá o futuro, contudo, também sinto que estamos cada vez mais presos a números, datas, conceitos que não exatamente nos definem. Recordo-me dos livros e palestras do renomado e reconhecido psicoterapeuta Augusto Cury, que bate exatamente com as palavras que Professora Andréa vem nos dizendo a cada aula, ele diz que as Universidades em todo mundo e não só no Brasil, vem formando meros repetidores de informações e não mentes livres dispostas a criar e capazes de colaborar com o humanidade.

https://www.pensador.com/frase/NzQwODY1/

  Admito que neste primeiro quadrimestre dei mais peso a correria de trabalhos e conceitos, e me interiorizei menos do que deveria para entender minha identidade e cultura, espero nos próximos períodos equilibrar melhor essa balança, para não acabar igual a muitos que infelizmente se encontram enfermos de depressão na UF.

Fiquemos com esse barulho!